Depois da separação Luisão obrigado a abandonar Portugal

O último ano foi dos mais difíceis de que Luisão terá memória. O eterno capitão do Benfica viu-se envolvido numa guerra feia com a ex-mulher, Brenda Mattar, e o processo de divórcio foi tão debilitante que, de repente, o ex-jogador assumiu estar a braços com uma depressão. Longe da mansão da Aroeira, que ficou para a antiga companheira, Luisão viu-se obrigado a residir num hotel no centro de Lisboa e nesse período mais doloroso viu mesmo todo o processo de separação afetar a relação com as filhas, o que contribuiu para que vivesse um período de dor e lágrimas, que culminou com o seu afastamento do Benfica, onde colocou baixa médica por não se sentir capaz de estar à altura das funções na estrutura diretiva.

Ao longo desse período, viu também o seu nome, pela primeira vez, arrastado na lama em Portugal. Depois de um casamento de mais de uma década, Brenda não conseguia calar a sua revolta e foram vários os recados que deixou ao ex-companheiro, alegando ter sido traída.

 

 

“Quando a Bíblia diz: ‘O amor tudo suporta’, não se refere a traições, agressões, desrespeito e desvio de carácter. O amor suporta a pobreza, doença, as dificuldades, defeitos, as diferenças e etc. Compreenda isto e nunca mais se sentirá na obrigação de tolerar mais nada em nome do amor”, partilhou no Instagram, onde desabafaria por mais vezes sobre o polémico final do casamento. No meio da guerra entre os pais, as filhas acabariam por tomar o partido da mãe e os mais próximos dizem que a relação com Luisão nunca mais foi a mesma. Em Setembro do ano passado, o ex-futebolista voltaria a publicar uma fotografia ao lado das meninas, por altura do regresso às aulas, que pretendia demonstrar que tudo tinha voltado à normalidade, mas ainda hoje a relação não estará completamente estabelecida. Nas redes sociais, por exemplo, Sophia e Valentina são sempre muito ativas a comentar as contas da mãe, mas com Luisão o mesmo não acontece, sendo que a mais nova nem sequer segue o pai.

 

Certo é que entre as guerras familiares, a depressão e o desencanto, Luisão acabaria por tomar uma decisão drástica: regressar ao Brasil, onde está desde o final do ano passado e onde tem recuperado com a ajuda da sua família nuclear, em quem se apoiou para dar a volta por cima.

 

No último domingo, o antigo capitão encarnado quebraria o silêncio sobre a saída do Benfica para referir que o clube entendeu a sua decisão e incentivou, através de uma parceria em que Luisão fica responsável por desenvolver algumas escolas do Benfica no Brasil. “A mudança foi bem pensada. Mas mesmo sendo bem pensada, posso dizer que às vezes assusta um pouco. São Paulo é muito grande, só de população é maior do que Portugal inteiro. Pensei muito neste regresso e, quando cheguei, em dezembro, a minha decisão foi estar perto dos meus pais no interior. Agora vim para São Paulo e tem sido um misto de sensações. É a felicidade de regressar onde cresci, a oportunidade de viver em São Paulo, mas também as memórias de quando estava em Portugal. Na verdade, é um misto de sensações na minha cabeça”, contou Luisão, que tem contrato com o Benfica até ao final de 2025 e depois irá decidir, em definitivo, o caminho a seguir.

 

Agora já recuperado da depressão, Luisão admite que precisou de pedir ajuda e que hoje encara os problemas de saúde mental de uma outra forma. “É um período difícil, tendemos a isolar-nos. Eu fiquei em baixo por um período, notei no meu desempenho na última época, e no final da temporada piorou um pouco. Mas a partir do momento em que assumimos e pedimos ajuda, tudo muda. Tudo fica mais claro. Hoje é um problema completamente superado e até serve para ajudar outras pessoas, porque muitas vezes percebemos que as outras pessoas estão um pouco mais tristes, mas achamos que é uma preguiça, que é uma tristeza momentânea… E às vezes não é”, diz, acrescentando que sempre foi acolhido pelo Benfica.

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