Análise: Os números da confirmação de Pavlidis

Depois de um arranque de temporada sem o efeito desejado, o avançado grego afirmou-se como o goleador que se tinha destacado na Eredivisie. Em destaque sobretudo na Liga dos Campeões.

Depois de uma época em que a saída de Gonçalo Ramos não foi bem colmatada, o Benfica tentou resolver a questão do ponta-de-lança no verão e pagou 18 milhões de euros para trazer Vangelis Pavlidis do AZ. Os números eram apetecíveis – três épocas a passar das duas dezenas de golos em Alkmaar e sempre com pelo menos cinco assistências – e a pré-época deixou ainda mais água na boca – 7 golos em seis jogos com um bis ao Feyenoord.

Contudo, o arranque oficial da temporada pareceu desiludir. Nas primeiras 10 jornadas da Liga marcou três golos. Entrou no ano civil de 2025 com sete golos. Trabalhador, com capacidade de ligar com os colegas, mas muitas vezes fora da área onde devia ser letal, o avançado parecia não cumprir a principal função: marcar.

Tudo mudou no final de janeiro. Um hat-trick ao Barcelona, na derrota da sétima jornada da fase principal da Liga dos Campeões foi o clique necessário. O ketchup começou a jorrar, como diria Cristiano Ronaldo, e desde então somou nove golos em oito jogos, mais dois que nos primeiros 24 encontros de águia ao peito.

Entre os melhores

A forma europeia de Pavlidis é o que tem sobressaído. Nos 10 jogos que o Benfica realizou na Liga dos Campeões, o grego participou em nove golos (sete marcados e dois assistidos), um registo máximo entre jogadores dos encarnados na prova milionária – ultrapassou João Mário (2022/23).

Em termos gerais, só Guirassy (10 golos e três assistências) e Raphinha (oito golos e quatro assistências) é que contribuíram mais que o grego na prova milionária. Pavlidis ocupa o terceiro lugar do pódio ao pé de nomes como Lewandowski (nove golos), De Ketelaere (quatro golos e cinco assistências) e Vinícius Júnior (sete golos e duas assistências).

No duelo com o Mónaco, ajudou o Benfica a empatar com um golo e uma assistência. Foi o segundo jogo na Liga dos Campeões em que conseguiu este feito, depois de o ter feito em Turim, diante da Juventus. Algo inédito para um jogador grego na principal prova europeia de clubes.

 

Ajustando a lupa só ao Benfica, Pavlidis é melhor marcador da equipa (16 golos, mais dois que Ángel Di María), o que mais jogos fez (37 dos 38 jogos oficiais) e, talvez o dado mais surpreendente, o segundo com mais assistências fez (oito contra as noves de Akturkoglu).

Números que confirmaram Pavlidis no Benfica, depois das muitas dúvidas geradas no arranque da época.

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