FC Porto: Iván Marcano apanhou Pepe no adeus ao Dragão
Ao que tudo indica, a decisão está mesmo tomada, apesar de o clube ter mostrado disponibilidade para contar com ele na próxima temporada: Marcano vai terminar a carreira após disputar o Mundial de Clubes, no próximo mês. Por isso, o jogo com o Nacional foi o último do central no Estádio do Dragão, onde subiu ao relvado com o filho pela mão e a braçadeira de equipa.
“Talvez tenha sido [o último jogo], talvez não. Entre a dúvida, foram eles, os capitães, que decidiram que fosse assim. Vai estar connosco no Mundial e depois se verá”, referiu Martín Anselmi na sala de Imprensa já depois, sabe O JOGO, de o central ter falado ao grupo no balneário, noutro sinal de que o adeus está próximo. Num discurso de balanço e agradecimentos, o espanhol, de 37 anos, foi, por duas vezes, interrompido pelas palmas – audíveis no auditório – dos companheiros, equipa técnica e restante staff, que levaram o experiente defesa a não conseguir esconder a emoção nesta primeira “despedida” ao grupo.
Marcano vai agora gozar uma semana de descanso, oferecida pelo treinador ao plantel após o final das competições, regressando ao Olival para a semana para começar a preparação do Mundial de Clubes, que se realiza nos Estados Unidos, tendo para isso chegado a acordo com os dragões para prolongar temporariamente o contrato de trabalho que termina a 30 de junho. Por isso, o defesa não deve voltar a pisar o relvado do Dragão em partidas oficiais. Um palco onde jogou 124 vezes (somando as duas passagens pelo clube), o que lhe permitiu apanhar outro central icónico do clube, Pepe, como o quarto portista que mais vezes jogou no novo recinto.
Só Otávio (133), Corona (140) e Helton (159) superam os dois defesas. Não fossem as graves lesões que sofreu e que o fizeram perder mais de 175 partidas do FC Porto (fora e em casa), e seguramente Marcano estaria no trono com larga vantagem. Ainda assim, tem um título que tão cedo não perderá – se é que algum dia será destronado –, o de ser o defesa mais goleador da história do clube, com 31 golos, pecúlio que, aliás, ainda poderá aumentar.
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