Samu subiu ao Olimpo mas Dybala roubou-lhe o trono: Roma vence FC Porto

A  Roma venceu esta quinta-feira o FC Porto, por 3-2, na segunda mão do play-off da Liga Europa, e eliminou os dragões das competições europeias. O FC Porto até marcou primeiro, por Samu, aos 27 minutos, mas Dybala, aos 35′ e aos 39′, deu a volta ao marcador. Já depois de Eustáquio ter sido expulso, aos 51′, com vermelho direto, Pisilli fez o 3-1, aos 84 minutos, e Rensch, na própria baliza, ainda deu esperança, apesar de no último minuto da compensação.

Sem poder contar com o avançado internacional ucraniano Artem Dovbyk, que se lesionou no treino de quarta-feira, Claudio Ranieri apostou no uzbeque Shomurodov no ataque da Roma, que não pôde também contar com Bryan Cristante e Alexis Saelemaekers, castigados.

Do lado do FC Porto, Martín Anselmi voltou ao plano habitual mas com uma surpresa, com Rodrigo Mora a começar o jogo no banco de suplentes. Em relação ao triunfo com o Farense (0-1), para a Liga, regressaram Tiago Djaló, João Mário, Stephen Eustáquio, Alan Varela e Samu, por troca com Zé Pedro, André Franco, Rodrigo Mora, Danny Namaso e Deniz Gul.

Roma entrou melhor

A primeira ocasião de perigo surgiu aos 5 minutos, por parte da Roma, com Pellegrini a cabecear por cima da baliza do FC Porto, aos 5 minutos. Aos 11′ respondeu o FC Porto, com Fábio Vieira a abrir para Pepê, que não conseguiu o melhor domínio mas conquistou um canto. Aos 12′ foi Svilar a voar para evitar que a bola encontrasse a cabeça de Otávio, antes da Roma voltar a assustar, aos 14′, com Pellegrini a cruzar para Shomurodov cabecear ao lado. Aos 25′ novo cabeceamento do avançado, uma vez mais sem assustar Diogo Costa.

 

De bicicleta no Olímpico

Aos 27 minutos, após um mau passe de Svilar, surgiu o golo do FC Porto. Oito jogos depois, Samu voltou aos golos e logo numa finalização de bicicleta, na sequência de um primeiro remate de Fábio Vieira, intercetado por Mancini, com a bola a sobrar para a acrobacia do avançado espanhol.

A classe de Dybala

A Roma acusou o golo, Dybala viu amarelo, os italianos iam colecionando passes errados mas, aos 35 minutos, num lance de génio, Dybala combinou com Shomurodov e, na cara de Diogo Costa, finalizou com classe, de pé esquerdo, para fazer o seu primeiro golo nesta edição da Liga Europa e voltar a empatar a eliminatória.

Apenas três minutos depois, novamente o argentino a virar o jogo para a Roma, aos 38′, num remate descaído para o lado direito, servido por Koné, uma vez mais de pé esquerdo, a bater Diogo Costa.

Numa altura em que aconteciam incidentes nas bancadas do Olímpico de Roma, com polícia de choque junto dos adeptos do FC Porto, Diogo Costa, primeiro, e Otávio, depois, impediram o 3-1 da Roma, com Mancini e Ndicka perto de marcarem.

 

A reação dos dragões ainda surgiu, aos 44 minutos, quando Samu ganhou espaço a Çelic mas Mancini fez a dobra e cedeu canto.

Eustáquio deitou tudo a perder

A segunda parte começou sem alterações nas duas equipas, e com o ambiente a aquecer, primeiro com Otávio e Dybala, novamente, e depois entre Eustaquio e Paredes. O árbitro foi mesmo chamado ao VAR, observou o lance e decidiu-se pela expulsão do médio canadiano do FC Porto, com amarelo ao jogador argentino da Roma.

Aos 56 minutos Shomurodov surgiu sozinho na área para, uma vez mais, cabecear por cima, após remate falhado de Dybala. No mesmo minuto Angeliño rematou ao lado e, logo a seguir, Gonçalo Borges substituiu Pepê.

 

Aos 60 minutos Shomurodov colocou mesmo a bola no fundo da baliza de Diogo Costa, servido por Dybala, de trivela, mas em fora de jogo. Aos 63′ uma vez mais Dybala, a desmarcar-se na frente de Nehuén Pérez, servido por Angeliño, mas a rematar por cima. Aos 65′ o FC Porto conseguiu responder, num cruzamento de Gonçalo Borges, mas com Ndicka a antecipar-se a Samu.

 

Lugar ao risco

A perder, e mesmo com menos um, Martín Anselmi arriscou, aos 66 minutos, tirando um central, Otávio, para lançar Rodrigo Mora, passando a uma linha defensiva com quatro elementos.

 

E aos 69 minutos o FC Porto teve ocasião soberana para empatar, quando Samu foi lançado em velocidade e, perante a pressão de Ndicka, ainda conseguiu atirar ao poste da baliza de Svilar.

Aos 70′ Koné rematou, mas sem perigo para Diogo Costa, antes de Claudio Ranieri mexer, lançando Soulé e Pisilli nos lugares de Pellegrini e Shomurodov. Respondeu Martín Anselmi, com uma tripla alteração, colocando os reforços William Gomes e Tomás Pérez, além de Namaso, nos lugares de Fábio Vieira, Francisco Moura e Alan Varela.

 

Perante o risco total, respondeu a Roma com a eficácia italiana, aos 84 minutos: jogada entre Dybala e Angeliño, com o lateral a cruzar para o recém-entrado Pisilli sentenciar a eliminatória.

Tarde demais….

Com a eliminatória sentenciada, aos 86 minutos, momento para o aplauso do Olímpico a Dybala que, tal como El Sharaawy, foi substituído, entrando Rensch e Baldanzi. Em cima dos 90 Angeliño ainda ficou perto do 4-1, mas Baldanzi estava em fora de jogo, antes de Soulé rematar para o desvio de William Gomes. Já na compensação Samu, servido por William Gomes, desperdiçou um dos últimos ataques dos dragões, com Ranieri a ainda lançar Saud no lugar de Çelik. E já para lá dos 90′, no sexto minuto de compensação, Rensch fez um auto-golo e o 3-2, após cruzamento de Gonçalo Borges. O jogo, porém, terminaria logo a seguir.

 

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