Villas-Boas: “Podemos dizer, factualmente, que não há VAR a 100% em Portugal”
Vai fazer alguma proposta no que diz respeito ao VAR?
– Não cabe ao FC Porto apresentar a proposta. Agora, constatar que no futebol português há estádios que estão licenciados e que não operam a tecnologia VAR a 100% deveria ser algo que obrigasse as instituições, FPF e Liga a posicionar-se contra um clube até e contra um presidente para esclarecer os adeptos. Podemos dizer, factualmente, que não há VAR a 100% em Portugal. E se não há VAR a 100%, como poderemos ter um campeonato credível? Temos estádios que não deveriam estar licenciados por causa do VAR, do posicionamento e qualidade das câmaras ou luminosidade, que impede de ajuizar condignamente lances em determinados jogos. Temos lances de fora de jogo que são decididos por três centímetros com “frames” deficitários. O FC Porto alertou sobre esse tema formalmente em Direção de Liga, a Liga não se posicionou e a FPF nem se faz representar em vistorias aos estádios há algumas épocas. Há árbitros que erram e isso faz parte, mas não podemos admitir que a tecnologia VAR não seja implementada a 100% em todos os estádios.
Pedro Proença, novo presidente da FPF, um antigo árbitro, pode ajudar nessa questão do VAR?
– Sim, sobretudo se houver um alinhamento com a Liga. A criação de uma nova entidade para a arbitragem, para profissionalizar o setor, pode fazer a diferença. Espero que sejam esses os passos que estamos a dar relativamente ao futuro, um Conselho de Disciplina mais célere, um Conselho de Arbitragem mais rápido nas justificações e que sejamos capazes de trabalhar para criar rapidamente essa entidade que governa a arbitragem.
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